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Para começar, uma história que muitos não sabem. No começo de 1997, o Fluminense tinha uma dívida de R$ 1,1 milhão com Renato Gaúcho. Em resposta, o atacante, na época com 34 anos de idade, decidiu não se reapresentar ao clube carioca para a realização da pré-temporada. A Federação Paulista de Futebol (FPF), presidida por Eduardo José Farah, então, fez uma proposta para levar o atacante ao São Paulo para promover o Paulistão. A FPF pagaria os salários do jogador até o término da competição e depois o Tricolor decidiria seu futuro. Renato Gaúcho aceitou e foi apresentado ainda sem ter assinado o contrato. Pouco depois, ele afirmou em entrevista que voltaria ao Fluminense se o time das Laranjeiras quitasse a dívida. Desse modo, o clube carioca pagou o que devia e o atacante se reapresentou. Mais tarde naquele ano, Renato não ficou no tricolor carioca e tampouco paulista, pois estava de mudança para o Flamengo.
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Ficando na Zona Sul do Rio, o Botafogo foi outro que frustrou sua torcida. O alvinegro começou 2020 buscando renomados nomes para seu elenco. Eis que o nome de Yaya Touré agradou tanto a diretoria, comandada na época por Nelson Mufarrej, quanto a torcida. Com vários dando o negócio como certo, torcedores criaram até paródias de músicas, comemorando a chegada do meio-campista ex-Barça e City. Porém, com a pandemia e exigências cada vez mais altas do marfinense, o negócio esfriou. O capítulo teve um final trágico com Touré sendo anunciado pelo candidato à presidência do Vasco, mas também deu um 'perdido' no rival carioca do Botafogo. Depois de tudo, Carlos Eduardo Pereira, então vice-presidente do Botafogo, apelidou Yaya de 'um tremendo 171'.
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Outro alvinegro que se deu mal foi o Santos. O meia Florent Malouda, campeão da Champions League pelo Chelsea e vice-campeão mundial pela França em 2006, quase veio para o Peixão. Casado com uma brasileira, Malouda afirmou que queria encerrar a carreira no Brasil e que se sentia brasileiro. Tentando realizar a promessa, em 2012, o atacante esteve na cidade de Santos procurando imóvel para alugar e foi flagrado jantando com membros do Comitê de Gestão do Santos em um restaurante no bairro Ponta da Praia. Mas, tudo ficou na promessa. Malouda seria especulado em mais quatro clubes brasileiros depois, porém nunca fechou contrato, encerrando sua carreira em 2018.
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Nessa história, a diretoria estava tão crente, que até mandou colocar caixas de som no estádio. Ronaldinho estava deixando a Europa e voltando ao Brasil. O apelido 'gaúcho' não era à toa. O Grêmio era visto, e se enxergava, como o favorito para receber o ex-melhor do mundo, visto que foi o clube formador do atleta (apesar da saída conturbada de Ronaldinho do clube). Porém, mesmo após a festa gremista estar pronta, ele fechou com o Flamengo e desembarcou na Gávea em janeiro de 2011. Isso criou um sentimento de revolta, tanto da torcida quanto da diretoria. Quando ele foi enfrentar o Grêmio em Porto Alegre, a torcida preparou uma nota de 100, com o rosto do craque estampado e a expressão '100 caráter'. Na partida, Ronaldinho foi recebido com faixas, gritos e camisas contendo palavras como 'mercenário' e 'traidor', repetindo ironicamente, a mesma situação de quando saiu do clube gaúcho.
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Outra história clássica. O ex-jogador francês Nicolas Anelka, com passagens por Real Madrid, Arsenal, Juventus chegou até ser anunciado pelo então presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil, em seu perfil do Twitter, na madrugada de 6 de abril de 2014, através da emblemática frase que ecoa até hoje e que jamais se concretizou: 'Anelka é do Galo'. O francês tinha acabado de sair do West Bromwich, da Inglaterra, e era esperado para assinar o contrato com o Galo, porém, o atacante nunca desembarcou no Brasil. Anos depois, Anelka explicou a situação e declarou que só não assinou por 'um erro de amador' de Kalil, que o havia anunciado antes mesmo de assinar qualquer vínculo, o que, segundo o atleta, só aconteceria depois que ele chegasse ao Brasil, conhecesse Belo Horizonte e fizesse uma vistoria nas instalações do clube. Se tudo fosse do seu agrado, ele firmaria vínculo e jogaria no Galo. Anelka também exigia que o Galo pagasse duas passagens de avião para o Brasil, uma para ele e uma para o agente, e o Atlético teria enviado apenas uma, fazendo o craque ficar em Londres.
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Outra piada entre os torcedores, é o caso de Drogba no Corinthians. A ideia partiu do ex-volante Vampeta, que encontrou um amigo empresário e e fez chegar a ideia a Andrés Sanchez, ex-presidente do clube e ainda conselheiro na época. Vamp sugeriu Drogba, mostrando que ele não ganhava muito no Montréal Impact, time canadense, e estava de saída. O lendário atacante marfinense chegou a negociar com o Timão, presidido por Roberto de Andrade na época, que esperava tornar Drogba em um 'novo caso Ronaldo'. A condução do negócio criou até um racha entre o departamento de futebol e de marketing, que comandava o acordo. A proposta vazou na internet e o Corinthians prometeu salário de 120 mil dólares (R$ 380 mil, à época), seis passagens de ida e volta à Europa em classe executiva, carro blindado SUV, tradutor e bônus por artilharia do Paulistão e do Brasileirão, além de uma casa com aluguel de até R$ 20 mil. Porém, as promessas, desavenças e esperanças não valeram de nada. Drogba não quis vir ao Brasil, e o Corinthians ainda fez o favor de deixar publicar a carta 'Valeu, Drogba', ridicularizada até hoje...
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Para finalizar a lista, no ano de 2007, Thiago Neves revelou que havia fechado um pré-contrato com o Palmeiras sem avisar o Fluminense, seu clube na época. Entretanto, após receber uma comissão de R$ 400 mil pela assinatura com o Verdão, o meia mudou de ideia e resolveu renovar seu contrato com o Tricolor carioca. Como consequência, os times brigaram com o jogador, que acabou ficando nas Laranjeiras após o pagamento de R$ 2,1 milhões ao Palestra, pelo Fluminense. O jogador explicou o caso anos depois. Segundo Thiago, tudo ocorreu porque seu empresário da época tinha ligação com os diretores do Palmeiras, e mentiu para o jogador que o Flu não queria renovar com ele - 'Renato [Gaúcho] até falou que tinha alguma coisa errada com o meu empresário. Um outro amigo meu, de São Paulo, colocou um advogado para me mostrar que o Palmeiras estava irregular no pré-contrato e eu voltei atrás porque eu não queria sair do Fluminense”, disse em entrevista ao canal Desimpedidos.
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