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O que está por trás de tantas quedas de pequenos aviões no Brasil?

Acidente envolvendo a cantora Marília Mendonça na sexta-feira retrasada (5/11) chamou a atenção para a reincidência destas tragédias

MonitoR7|Do R7

Avião em que estava Marília Mendonça e mais quatro vítimas de acidente aéreo
Avião em que estava Marília Mendonça e mais quatro vítimas de acidente aéreo Avião em que estava Marília Mendonça e mais quatro vítimas de acidente aéreo

O acidente aéreo envolvendo a cantora Marília Mendonça, o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da cantora Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto e o copiloto do avião, na semana passada, trouxe à tona a reincidência de acidentes aéreos com aviões de pequeno porte no Brasil.

O MonitoR7 relembra você de outros casos icônicos em outra matéria deste especial.

O Brasil registra um acidente aéreo com aeronaves nestes moldes a cada 3 dias. Segundo dados do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), entre 2010 e 2019, o número foi de 1.210 acidentes. Até a queda do avião da artista, este ano, o Brasil registrava 111, seguindo a tendência de anos anteriores.

Porém, em pelo menos metade das ocorrências, todos os que estavam a bordo sairam ilesos. O mesmo levantamento do Cenipa ainda diz que naquele período cerca de 17% das quedas resultaram em vítimas fatais, assim como o de Marília Mendonça.

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O que ocorreu com a serteneja é mais incomum. Embora as investigações não estejam concluídas, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) afirma que a aeronave em que a artista estava atingiu um cabo de torre. Acidentes envolvendo colisões no pouso ou na decolagem representam pouco mais de 6% dos ocorridos.

Quais a possíveis explicações para a reincidência destes acidentes?

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A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estabelece parâmetros para cada tipo de avião, a função que vai desempenhar e a preparação do piloto. Ou seja, quanto mais complexa é a pilotagem, mais experiente precisa ser o comandante do voo.

Aeronaves com finalidade agrícola, por exemplo, representam 20% dos acidentes com aviões de pequeno porte e exigem menos treinamento por parte do piloto, pois ele não precisará levar outras pessoas a bordo. Já um voo de táxi aéreo, em que se leva terceiros, exige mais experiência.

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Este "jogo de cintura" do piloto pode fazer falta em um momento de imprevisto. Mais de 44% das quedas de aviões de pequeno porte são causadas ou por uma falha do motor em voo, ou perda de controle em voo, ou perda do controle em solo.

Além dos pilotos, este equilíbrio tem de estar presente também na aeronave que, em muitos casos, opera em funções além do que poderia. Foi o que ocorreu com a morte do jornalista Ricardo Boechat, em 2019. O helicóptero em que ele estava não tinha licença para fazer o táxi aéreo, deveria ser usado apenas para fins de publicidade. Especialistas chamam isso de "pirataria".

A maioria das quedas ocorre com a aviação privada, cerca de 46% do total de acidentes. Para táxi aéreo, a Anac exige uma reavaliação três vezes ao ano e 500 horas de voo. Para voo particular, uma reabilitação a cada dois anos.

A Anac recomenda que o contratante do serviço veja se a empresa que oferece o táxi aéreo está habilitada para tal e se a aeronave também está dentro dos parâmetros necessários.

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