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Argentinos saquearam depósito de gás de cozinha, em protesto?

Vídeo mostra um grupo de homens derrubando o portão de uma distribuidora de gás de cozinha e saqueando vários botijões. 

MonitoR7|Do R7

Vídeo mostra saque em distribuidora de gás
Vídeo mostra saque em distribuidora de gás Vídeo mostra saque em distribuidora de gás

Um vídeo viral mostra um grupo de homens invadindo uma distribuidora de gás de cozinha e saqueando vários botijões. As legendas das publicações dizem que a população argentina, desesperada com o preço do gás, teria cometido o crime.

Posts semelhantes foram encontrados em diversas redes sociais, principalmente no Twitter e no Facebook. E contavam com centenas de curtidas e compartilhamentos.

Analisamos o vídeo e concluímos que ele foi tirado de contexto e não condiz com as legendas. Durante a gravação, aparecem carros, e por meio da checagem de placas, fica claro que os veículos são do Chile, país vizinho a Argentina.

Outra evidência nos leva a confirmar que se trata de um boato. No final do vídeo, aparece uma marca na parede, muito rapidamente. "Gasco" ou Companhia de Consumidores de Gás de Santiago é uma empresa que distribui o GLP somente para a capital chilena e os arredores, e, apesar de ter parcerias com empresas em outros países, tem outros nomes, como Gasnor S.A., situada em Salto, Argentina.

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Por meio de uma busca de notícias que envolvem a empresa, chegamos à data de publicação do vídeo original. Ele foi gravado em 2019, em meio aos protestos protagonizados por estudantes, que pediam a suspensão do aumento da passagem de metrô no país, mas logo passaram a contestar políticas do governo.

No final daquele ano, manifestações aconteceram no Chile. Inicialmente, eram protestos liderados por estudantes. Em 18 de outubro do mesmo ano, eclodiram rebeliões em toda a capital e as estações de metrô foram fechadas. Também houve roubos em supermercados e outros estabelecimentos comerciais, e o furto dos cilindros mostrado no vídeo é um deles.

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Incidentes violentos, como incêndios em estações de metrô e saques, levaram o governo chileno a declarar estado de emergência. Devido à continuidade desses atos, toques de recolher também foram impostos na maior parte do país. Os protestos também foram reprimidos, resultando em muitos detidos e vítimas civis.

Já em 19 de outubro, o presidente chileno Sebastián Piñera anunciou a suspensão do aumento do preço do metrô na capital. No entanto, o protesto continuou. E no dia 25 de outubro, uma manifestação em grande escala aconteceu em Santiago. Estima-se que mais de 1,2 milhão de pessoas participaram.

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A posição do governo chileno, desde então, mudou. O presidente prometeu aceitar alguns pedidos do povo, inclusive formulando a Convenção Constitucional do Chile, que tem a tarefa de elaborar uma nova Carta Magna até outubro de 2022.

Ficou em dúvida sobre uma mensagem de aplicativo ou postagem em rede social? Encaminhe para o MonitoR7, que nós checamos para você (11) 9 9240-7777

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