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Cientistas gravaram sons assustadores em buraco mais profundo do mundo?

A afirmação é FALSA. Áudio supostamente gravado no Poço Superprofundo de Kola, na Rússia, foi editado com trechos de som de filme de terror

MonitoR7|Filipe Siqueira, do R7

Escavação soviética chegou a mais de 12 km de profundidade
Escavação soviética chegou a mais de 12 km de profundidade Escavação soviética chegou a mais de 12 km de profundidade

Em 1970, cientistas da então União Soviética começaram a escavar para chegar ao manto da Terra, uma camada do planeta jamais acessada por causa do calor extremo. O objetivo era entender melhor como funciona a crosta terrestre, além de testar instrumentos de precisão.

O empreendimento acabou abandonado por causa de dificuldades técnicas, mas um buraco de 12,2 km de profundidade foi escavado e existe ainda hoje, com o sugestivo nome de Poço Superprofundo de Kola, localizado na Rússia, perto da fronteira com a Finlândia.

E aí a realidade começa a se misturar com a ficção. Segundo versões da história, antes de abandonarem a complicada prospecção, em 1992, os cientistas fizeram gravações de sons do buraco. Algumas delas continuam a viralizar e são tema de reportagens de tabloide ainda hoje.

A mais famosa é um clipe de 17 segundos, que deixou muita gente assustada — e, segundo relatos, fora gravado na Sibéria, outra informação falsa. Ouça abaixo.

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Embora seja verdade que os soviéticos fizeram gravações de áudio na região, tais registros nunca foram publicados na web. Em 2012, o site de caça de mitos Skeptoid fez uma análise do áudio e descobriu que os sons eram de gritos em loops em programas de edição, muito provavelmente retirados do filme de terror italiano Barão Sanguinário (1972).

Para efeito de comparação, é possível ouvir uma gravação real feita em um buraco de cerca de 10 km de profundidade — o Poço nas Colinas Windischeschenbach, na Alemanha. Ouça abaixo.

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A gravação foi feita em janeiro de 2014, pela artista holandesa Lotte Geeven, que a intitulou The Sound of the Earth (O Som da Terra, em tradução livre). Para conseguir fazer a gravação no buraco, cuja temperatura atinge 260ºC (o que destrói qualquer aparelho eletrônico comum), Lotte usou um geofone.

O aparelho capta os movimentos do solo e frequências de áudio que a audição humana não capta. Um software especializado fez a conversão para áudio digital.

Relembre abaixo toda a história, as dificuldades técnicas e os resultados da pesquisa do Poço Superprofundo. LEIA!

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