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Como garantir uma viagem segura em carros de aplicativo?

Áudio viral em mensagem de aplicativo traz relato de mulher sobre possível golpe com falso motorista

MonitoR7|Do R7

Carro de aplicativo
Carro de aplicativo Carro de aplicativo

Um áudio viral do WhatsApp está causando muita repercussão em grupos do aplicativo. Nele, uma mulher relata uma situação estranha e perigosa, que ela acredita ter sido uma tentativa de sequestro relâmpago. Este áudio foi replicado em muitos grupos.

Na gravação, a mulher, que se identifica como "Renata do 91", faz um alerta paras as "meninas". Ela conta que pediu Uber na empresa em que trabalha. Mas quando o carro chegou, era "outro carro, outra cor, outra placa e outro motorista". O motorista a teria chamado pelo nome, pedindo para entrar, mas ela se recusou.

O motorista teria todos seus dados no celular e insistiu que ela entrasse ou se aproximasse do veículo. Mais uma vez ela teria recusado e ido chamar o marido. Aquele motorista fugiu e após dois minutos o motorista indicado pelo aplicativo teria chegado.

Este motorista teria dito para Renata que golpes desse tipo estariam ocorrendo com frequência, para sequestro relâmpago. Os criminosos teriam "hackeado" o aplicativo, segundo o motorista teria afirmado para a autora do áudio. E eles se apresentam como fossem os motororistas reais, segundo o mesmo relato.

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A Uber, atráves de sua assessoria, disse que um caso como esse seria "impossível de acontecer". O motorista deve passar por uma série de análises previamente e durante as corridas e o aplicativo da Uber tem um sistema de segurança que "usa algoritmos que aprendem de forma automatizada a partir dos dados"(machine learning), ferramenta também usada em outros aplicativos.

A Uber afirma que já recebeu informações sobre um suposto hackeamento do sistema, desde que a empresa começou a operar no Brasil, em 2017. A forma e as histórias mudam, mas sempre o conteúdo tenta apontar uma falha no sistema de segurança da empresa de transporte. A empresa classifica estes relatos como boatos.

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Nós consultamos ainda delegados e a própria Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, que informaram não ter relatos de casos e denúncias desse tipo.

De qualquer maneira, há situações de risco no uso de aplicativos de carros e, por isso, as empresas adotam medidas de segurança. E os usuários também precisam adotar cuidados e conhecer as opções de segurança já disponíveis. Por isso, relacionamos abaixo os cuidados adotados pelas principais empresas do setor e as recomendações de um especialista em segurança pública.

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Tanto a Uber, quando a 99, as duas maiores empresas de aplicativos para prestação de serviço de transporte de passageiros por carros privados, divulgam as medidas adotadas para garantir a segurança de passageiros e motoristas. As duas empresas pedem antecedentes criminais dos motoristas filiados, que são checados por sistemas eletrônicos.

A 99 possui um sistema de reconhecimento facial dos motoristas parceiros e a Uber solicita periodicamente, de forma aleatória, que eles tirem uma selfie no sistema, antes de aceitar uma viagem. A Uber criou um código de verificação de viagem, que o passageiro pode adotar, como um item a mais de segurança.

A 99 e a Uber permitem que tanto passageiros quanto motoristas possam gravar áudios durante as as viagens, diretamente no aplicativo. Estas gravações podem ajudar na investigação de eventuais problemas.

As duas empresas oferecem a opção de compartilhamento de viagens em tempo real com algum parente ou amigo. Usuários de Uber e de 99 podem contatar a polícia, se necessário, dentro do próprio aplicativo das empresas.

Ouvimos também as recomendações de Marcy J. C. Verde, consultor de segurança pública. Na hora de chamar o carro, ele indica atenção: sempre conferir se o carro e o motorista são os mesmos informados pelo aplicativo.

Se possível, não se deve esperar o veículo nas ruas. O ideal é ficar dentro de casa ou de algum edifício, até a chegada do carro. Se isso não for possível, não se deve ficar esperando na rua com o celular nas mãos. E, de preferência, sem fones de ouvido, para garantir atenção sobre o seu entorno.

O consultor orienta ainda que, ao embarcar, o usuário pergunte o nome do motorista e quem ele veio buscar. O consultor recomenda ainda que a pessoa abra um aplicativo de mapa para checar o caminho que o motorista está seguindo.

Se se sentir em risco, o usuário compartilhar sua localização e o horário de chegada com algum amigo ou parente. E comentar como motorista que tem uma pessoa à espera, no destino.

Em caso de tentativa de assalto, Marcy recomenda não reagir, e muito menos tentar pular do veículo. Isso pode causar ferimentos graves ou até atropelamento. Ele ainda diz que sempre é bom manter no celular um outro aplicativo, que sirva como um "botão de pânico"(um app que mande mensagens instantâneas aos seus contatos).

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