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Engolir chiclete faz mal e pode 'grudar' os intestinos?

É comum ouvir esse alerta durante a infância, mas especialista explica que teoria não é totalmente verdadeira

MonitoR7|Do R7

Engolir chiclete acidentalmente não traz danos à saúde
Engolir chiclete acidentalmente não traz danos à saúde Engolir chiclete acidentalmente não traz danos à saúde

Quem nunca ouviu, durante a infância, a teoria segundo a qual engolir chiclete faria mal à saúde e poderia "grudar os intestinos" — em uma linguagem mais informal, "grudar as tripas"? A bronca ultrapassa gerações e, durante a repercussão de situações que envolvem o produto, ganha mais evidência.

O caso mais recente, relatado em junho deste ano, foi de um menino de 5 anos que deu entrada em um pronto-socorro em Ohio, nos Estados Unidos, após ter engolido 40 chicletes. O bolo de goma de mascar preenchia, aproximadamente, 25% do estômago da criança e foi removido com a ajuda de um esofagoscópio.

O R7 publicou o caso e, nos comentários, internautas resgataram os alertas da infância: "Minha avó sempre falava [que] se engolisse chicletes, grudava nas tripas, aí está a prova viva", escreveu uma, no Facebook.

Outro usuário lembra que a "minha mãe sempre me dizia para não engolir chicletes". Também houve aqueles que alegam ter costume de ingerir o produto: "Eu gosto de engolir chicletes também, mas não assim 40 de uma vez só".

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Mas, afinal, engolir chiclete faz mal e é capaz de "grudar" os intestinos (delgado e grosso)? A resposta tem duas variações: sim, pode fazer mal dependendo da quantidade; e não, não vai "colar as tripas". 

"Em geral, engolir chiclete de forma acidental ou em pequena quantidade não causa nenhum dano ao corpo, pelo menos na grande maioria dos casos", afirma a gastroenterologista Karen Thalyne Pereira e Silva Domingos.

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O baixo risco de ocorrer algo mais grave, quando ingerido moderadamente, dá-se porque o chiclete é formado, basicamente, por dois compostos. O primeiro é feito com açúcar, corantes, aromatizantes e conservantes, para dar o sabor doce.

O segundo, é a goma-base, feita, por exemplo, com derivados do petróleo — é a massa sintética que a pessoa fica mascando.

"A primeira parte pode ser digerida, mas a segunda, não", alerta Karen.

Portanto, a maior parte do produto (a goma) entra no organismo e sai intacta — não é digerida. Quando uma pequena quantidade de chiclete chega aos intestinos, não é capaz de prejudicar nem bloquear a região e segue para ser eliminada.

Porém, se essa massa ficar com mais de 2 cm de diâmetro, "raramente será expelida do estômago e pode, sim, 'entupir' o órgão", relata a especialista.

Os chicletes não grudam parte do trato digestivo, como disseminado no mito, já que viram "massas duras como pedras". Mas exigem uma remoção cirúrgica em caso de obstrução.

Se a goma de mascar se acumulou de forma prejudicial, por exemplo, Karen explica que a pessoa fica com sensação de saciedade mesmo após uma pequena refeição e pode apresentar náusea, vômitos e dor.

"Em algumas situações, pode alterar o revestimento do trato gastrointestinal e causar sangramento digestivo, obstruir total ou parcialmente o estômago, o intestino delgado ou, raramente, o intestino grosso, podendo provocar cólicas abdominais, distensão, náusea e vômitos", complementa.

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