A possibilidade de um tsunami no Atlântico, que afetaria as cidades do Litoral brasileiro, foi um dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil, nesta quinta-feira(16). O tsunami seria consequência de uma possível erupção de vulcão localizado na ilha La Palma, no arquipélago das Ilhas Canárias. Apenas no Twitter foram mais de cem mil publicações sobre o assunto.
Apesar de pertencer à Espanha, a ilha La Palma fica na costa da África, na altura do Marrocos. A ilha tem pouco mais de 700 quilômetros quadrados de área e uma população com menos de 90 mil pessoas. De formação vulcânica, a ilha tem grande cobertura vegetal e é considerada Reserva da Biosfera, pela Unesco.
Na última segunda(13), o Plano Especial de Proteção Civil e Atenção às Emergências de Risco Vulcânico das Ilhas Canárias(Pevolca), elevou o nível de alerta para amarelo, na região da ilha chamada de Cumbre Vieja, onde ficam os vulcões.
O nível amarelo é o segundo de quatro níveis para medir o risco de erupçoes. Com o alerta nível amarelo, são reforçadas as informações destinadas à população, a vigilância e o monitoramento da atividade sísmica e vulcânica.
Entre as postagens sobre o assunto, algumas diziam que existia uma possibilidade de que a erupção fosse seguida de um tsunami. E esse fenômeno, que provoca ondas gigantescas no mar, afetaria a costa brasileira, do nordeste até o Rio de Janeiro.
Ouvido pelo Monitor7, O professor Aderson Nascimento, coordenador do Laboratório Sismológico da UFRN, explicou que as atividades vulcânicas nessa região são comuns e que o nível de alerta atual não é suficiente para causar preocupação.
O professor afirma que, para chegar ao Brasil, o tsunami teria que ser de grandes proporções. "A atividade vulcânica teria que ser excepcional para derrubar uma parte da ilha e provocar um deslizamento gigantesco em relação ao mar. Se isso acontecesse, poderia haver um tsunami”, segundo Aderson Nascimento.
Portanto, é verdadeiro que a atividade vulcânica nesta ilha espanhola tem potencial para gerar um tsunami que chegaria até a costa brasileira. No entanto, seria uma situação muito atípica, um fenômeno raro. E, pelas informações disponíveis até o momento, seria improvável.
As autoridades locais garantem que monitoram a situação e vão divulgar alertas caso seja registrada alguma mudança significativa.
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