Hospital Infantil Darcy Vargas, administrado pelo Governo do Estado de SP
HDVI/DivulgaçãoLocalizado em área com mais de 12.500 metros quadrados, no arborizado e luxuoso bairro do Morumbi, em meio a mansões cinematográficas, o Hospital Infantil Darcy Vargas estaria prestes a ser transferido para outro ponto da capital paulista. E seu terreno seria vendido à iniciativa privada.
Essa é a informação que consta de um abaixo-assinado contra a medida, publicado no site da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica(Cipe), em janeiro deste ano. No texto, a entidade afirma que a saída do hospital provocaria riscos à assistência médica pediátrica no estado de São Paulo e até no Brasil.
O hospital Darcy Vargas é referência em casos de média e alta complexidade, tem um setor importante de oncologia pediátrica e fornece consultas em 26 especialidades médicas.
O documento, que já tinha viralizado nas redes sociais na época em que foi publicado, voltou a ser compartilhado nos últimos dias, com a mesma informação. A repercussão do documento chegou a mobilizar deputados estaduais e foi tema de discursos no plenário da Assembléia Legislativa de São Paulo.
Se confirmado, o negócio certamente envolveria valores muito altos. O hospital fica num dos bairros mais arborizados da cidade de São Paulo, perto de parques públicos, do Jockey Club e do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
A questão é que o próprio texto do abaixo assinado proposto pela Cipe já dizia que o documento foi elaborado depois que a entidade recebeu "uma série de relatos" sobre "uma possível venda do terreno". A entidade ainda afirma que "espera que não seja confirmada a negociação".
A venda ou mesmo cessão do terreno, no entanto, foi desmentida pelo próprio governador João Dória, em tuíte publicado no dia 15 de fevereiro. No texto, ele afirma que o hospital não será demolido e continuará funcionando normalmente no mesmo local. Segundo o governador, um novo hospital infantil será construído em outra região da cidade.
Três dias depois da publicação do texto com o abaixo assinado, a Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica publicou um outro texto no seu site, informando que a venda do terreno não tinha sido confirmada.