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O governo federal acabou com o Bolsa Atleta?

Em 2021, programa atingiu o maior número de beneficiados de sua história, com 7.197 contemplados

MonitoR7|Do R7

Postagem de rede social
Postagem de rede social Postagem de rede social

A chegada das Olimpíadas e as histórias de superação dos atletas estão viralizando nas redes sociais. Mas junto com a comemoração das vitórias e a valorização do esforço dos atletas, tem circulado postagens com a afirmação de que o atual governo acabou com o progama de auxílio individual a atletas, o Bolsa Atleta. Isso não é verdade. Há muitas postagens que reproduzem essa informação falsa, muitas delas replicadas até por contas verificadas no Twitter(que tem maior número de seguidores). Um dos posts conta com mais de 1500 likes e 400 retweets.

O Bolsa Atleta foi criado em 2005, durante o governo Lula. Desde então, o orçamento do programa crescia de 100% a 200% a cada período de preparação para as Olímpiadas. Mas em 2015, após o impeachment de Dilma Rousseff, essa tendência começou a se reverter e, durante o mandato do presidente Michel Temer, o programa sofreu cortes.

Quando Bolsonaro assumiu, em 2019, a modernização do Bolsa Atleta estava entre as metas para os seus 100 primeiros dias de governo. Neste período foram alocados R$ 140 milhões para o orçamento do programa, R$ 91 milhões a mais de verba que no ano anterior. E três mil atletas foram incluídos.

No ano seguinte, com todas as competições no país paralisadas pela pandemia de Covid-19, o governo decidiu congelar o edital 2020 do programa. O Ministério da Cidadania (que absorveu a Secretária Especial de Esporte) afirma que manteve, em 2020, os repasses para 6.357 atletas das categorias Estudantil, Base, Nacional, Internacional e Olímpica/Paralímpica, além de 274 atletas do Bolsa Pódio.

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Já em 2021, ano da adiada Olimpíada de Tóquio, o Palácio do Planalto lançou a PORTARIA MC Nº 629, DE 12 DE MAIO DE 2021, na qual anunciou que 7.197 atletas seriam contemplados com o Bolsa Atleta, o maior número desde o início do programa.

Entretanto, o Programa Bolsa Atleta sofreu uma queda de 17% em seu orçamento total durante o ciclo olímpico 2017-2021, em relação ao período anterior. Mesmo tendo um ano a mais na contabilização do orçamento, em função do adiamento por causa da pandemia, o montante total destinado ao programa foi de R$ 530,4 milhões, contra os R$ 641,1 milhões do ciclo referente ao Jogos do Rio (2013-2016). Foi a primeira vez que isso ocorreu desde a criação do programa federal.

O ciclo olímpico é período que corresponde aos anos decorridos entre os Jogos. No caso, a redução ocorreu entre 2016, ano em que foi disputada a Olimpíada do Rio, e 2021, quando são realizados os Jogos de Tóquio. É preciso considerar, no entanto, que o ciclo olímpico anterior foi em casa, no Rio de Janeiro, quando o investimento, como era de se esperar, foi o maior da história. Se a comparação for com ciclos olímpicos anteriores, o investimento para Tóquio foi bem superior aos realizados para as Olimpíadas de Londres-2012(R$ 203 milhões) e Pequim-2008(R$ 93,9 milhões).

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