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O que se sabe sobre a Ômicron, até agora?

O que a ciência e a observação da disseminação da variante já descobriram e as respostas que ainda não temos

MonitoR7|Do R7

No último dia 25 de novembro, autoridades sanitárias da África do Sul comunicaram o surgimento de uma nova variante de SARS-CoV-2, que apresenta um perfil genético preocupante, a B.1.1.529. Entre as letras do alfabeto grego, a Organização Mundial da Saúde(OMS) escolheu Ômicron para essa nova variante.

A grande surpresa trazida pela Ômicron veio já no anúncio dos cientistas sul-africanos que a descobriram. Ela tem cerca de 50 mutações em relação ao vírus original e 26 destas mutações são exclusivas desta variante.

As possibilidades trazidas por todas estas mutações geraram diversas perguntas: a Ômicron é mais transmissível que outras variantes? Ela causa sintomas mais graves? As vacinas ainda serão eficazes contra ela?

O número de variantes, sozinho, não define se ela pode ser mais contagiosa, provocar mais danos à saúde ou mesmo ser mais resistente às vacinas. Tudo depende de quais são essas mutações e como elas interagem entre si.

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Algo que, até pelo número de mutações, ainda vai exigir muitos estudos em laboratório e também a avaliação dos dados sobre como a ômicron se dissemina e os efeitos que ela tem sobre a saúde das pessoas.

A variante foi classificada pela OMS como "variante de preocupação". Isso significa que ela pode estar associada a uma ou mais das seguintes alterações: aumento da transmissibilidade, aumento dos efeitos sobre o nosso organismo ou aumento da capacidade de driblar a proteção criada pelas vacinas.

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Em relação à capacidade de transmissão da Ômicron, não há ainda uma resposta definitiva, mas existem indicativos. Segundo o mais recente resumo técnico divulgado pela OMS, o tempo de duplicação da variante é entre 1,5 e três dias, maior do que o tempo da Delta.

A Ômicron já foi identificada em 89 países, pode se tornar dominante em alguns países europeus ainda esta semana e ainda ultrapassar a Delta em número de casos, de acordo com a OMS. Mas ainda não se sabe se a rápida taxa de crescimento tem relação com falta de vacinação, aumento de transmissibilidade ou os dois fatores associados.

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Sobre os efeitos da Ômicron sobre nosso organismo, se ela pode causar mais ou menos casos graves da doença e mortes, os cientistas da África do Sul, que a identificaram, já afirmavam que a indicação era de que essa variante é menos virulenta que as outras que conhecemos.

Na última terça-feira(14) foi publicado o resultado de um levantamento com mais de 78 mil casos da Ômicron na África do Sul e foram registradas 29% menos hospitalizações em relação à cepa original e 23% menos em relação à Delta.

Segundo o maior provedor privado de saúde daquele país, a rede Netcare, 100% dos 55 mil pacientes com Covid-19 hospitalizados na rede nas três ondas anteriores da doença precisaram de oxigênio. Agora, com a Ômicron, só 10% dos 337 hospitalizados tiveram que ser assistidos com oxigênio.

A base de dados, no entanto, ainda é pequena e não pode garantir nenhuma conclusão definitiva sobre os efeitos dessa variante sobre o organismo humano. E mesmo que se confirme que a Ômicron provoca efeitos mais leves, a maior capacidade de transmissão da doença pode provocar efeitos perigosos no sistema hospitalar dos países.

Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, alertou contra a possibilida de se substimar o vírus na sua nova variante: "o grande número de casos pode mais uma vez sobrecarregar os sistemas de saúde despreparados".

E, enfim, sobre os efeitos das vacinas disponíveis sobre a nova variante, talvez seja a pergunta que vai exigir mais tempo para ser respondida, porque demanda mais estudos e mais tempo de observação.

No entanto, a maior parte dos países que enfrentam ou se preparam para enfrentar o aumento de casos com a Ômicron considera as vacinas como ferramenta essencial da sua estratégia. Mas incapaz de combater a disseminação do vírus sem outros recursos, como o reforço das medidas não-farmacológicas: uso de máscaras, distanciamento social e higienização constante das mãos.

No Brasil, o virologista José Eduardo Levi, da rede de saúde integrada Dasa, considera que a nova variante vai chegar e dominar os casos de Covid "em fevereiro, no máximo após o carnaval". Para ele, isso não irá se traduzir em um aumento exponencial nos casos, com a continuação do programa de imunização e a ampliação da terceira dose.

O especialista leva em consideração o anúncio da farmacêutica Pfizer e vários estudos indicando que a vacinação completa mais uma injeção de reforço fornecem forte proteção contra a infecção Ômicron. 

Para saber mais sobre como a variante Ômicron está se espalhando pelo mundo e qual a efetividade das vacinas disponíveis contra Covid-19 sobre essa variante, leia os outros textos desse especial do MonitoR7.

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